Reserva Florestal : Ganja Viana, Cotia, Jandira, Barueri e Itapevi

Prezados e Prezadas autoridades e público presente, saudações.

GRANJA VIANA: Cinturão Verde da Cidade de S.Paulo e Grande S. Paulo, programa MAB -The Man and Biosphera pela UNESCO- Compromisso entre 61 municípios, principalmente Cotia, à deriva da especulação imobiliária e da boa vontade política do poder público ao cumprimento da lei: Termo de ajuste de Conduta (TAC) e (EIVA.) Estudos de Impacto e Avaliação Ambiental, junto aos segmentos da sociedade cotiana.

RESERVA DA BIOSFERA

Lei Nº 9985 de 18-julho de 2000.

Esta vasta área de Mata Nativa, com significativa biodiversidade e ecossistemas hídricos, fundamentais na manutenção da qualidade do ar e da água, absorvem CO2, exercem a função de micro clima especial, a umidade relativa do ar, sistêmicos a qualidade de vida local e global.

O equilíbrio: A sobrevivência dos animais está diretamente associada a composição da floresta, seu grau de perturbação, sua fragmentação e variedade de espécies. A importância de estudos de levantamentos mais precisos.

Projeto Florestal-Reserva Cotia

5.727.598m2 de parte de um espólio de 10.715.000m2

3.274 lotes de até 500m2-Classificada –ZCEU lll, conforme Plano Diretor de Cotia.

A capacidade de suporte da região Granja Viana estar limite: A expansão, explosão demográfica e suas conseqüências, saturação das estradas e eixo Rodovia Raposo Tavares, problemas de infra-estrutura, a falta de água em época de estiagem, a região já sofre com desabastecimento e agravará ainda mais esta situação com os diversos impactos que ocorrerão nas nascentes e supressão de vegetação, ecossistemas importantes de contribuição da Bacia do Manancial do Rio Cotia/ Estação Baixo Cotia que abastece a Grande S. Paulo e Bacia do S. João do Barueri, mesmo com o sistema de integração das ETAS da Grande S. Paulo.

Ainda a Capacidade de suporte: Mais população mais lixo, mais esgoto. Saneamento básico: coletor tronco, ainda não está em funcionamento e o perigo da contaminação de mais efluentes nos mananciais e a falta de ETES. Saneamento Ambiental, os aterros sanitários, inexeqüível na Grande S. Paulo.

Considerando:

A aridez, a pavimentação nesta região reguladora climática da Metrópole de S.Paulo, contribuirá ainda mais para o efeito estufa, as ilhas de calor da capital e região, que já aponta esta realidade no centrinho de Cotia: Enchentes e a perda da qualidade e quantidade das águas para as Represas.

Impacto de influência direta e indireta na qualidade de vida do cidadão da região e consequentemente aos futuros proprietários.

Concluindo: Conforme as considerações levantadas, que pelos princípios de direito ambiental e integrantes do ordenamento jurídico brasileiro: Da previsibilidade, da Precaução e do Equilíbrio, princípios Ambientais da Constituição Federal da Lei 225, princípios, que alertam para “o não fazer”

Resgatar o verdadeiro conceito de sustentabilidade: O compromisso com práticas que assegurem a preservação dos recursos hoje disponíveis para as gerações futuras.

 

At. Yara Toledo

Presidente

SOS Manancial

www.sosmanancial.org.br

À Jornalista Eliane - Jornal daqui

Perguntas:


O que significa a Mata da Granja Viana e Grande São Paulo?


A Mata da Granja Carolina tem um valor significativo de absorção do CO2, de efeito estufa, melhora a qualidade do ar e exerce a função de micro clima especial, “umidade relativa do ar “contribuindo positivamente em prol a saúde e qualidade de vida dos cotianos e paulistanos. È fundamental à sobrevivência da biodiversidade ali existente, aves migratórias e até de solturas de animais, também oferece um ecossistema importante para a preservação dos recursos hídricos, nascentes sistêmicas ao abastecimento de regiões da Grande S. Paulo.

 


Quais são os recursos naturais que podemos encontrar lá?

A Mata Granja Carolina é Reserva da Biosfera e faz parte do cinturão verde de S.Paulo, massa verde, reguladora climática, que minimiza os efeitos negativos das mudanças climáticas de Cotia e Grande S.Paulo. As nascentes, recursos naturais que vertem para as Bacias do Rio Cotia e S Jõao do Barueri e conseqüentemente a do Tietê, recursos estes que prestam serviços sem custos à sociedade. Um bioma importante para estudos da medicina, um metro quadrado que destruímos, estamos acabando com espécies que nem conhecemos .

 

 

A sra. foi contra o loteamento que viria em 2002 e continua contra ao empreendimento da Alphaville Urbanismo, por que? Acha que houve alguma mudança de um projeto para o outro?

Sim, fui contra o loteamento que viria em 2002, declinava muito das expectativas ambientais e o compromisso com práticas que asseguram a preservação dos recursos hoje disponíveis para as gerações futuras. As mudanças foram significativas, houve melhoria na adequação às várias reivindicações das populações envolvidas e muitas ainda a serem atendidas. A ONG continua contra ao empreendimento pelo que alerta os princípios ambientais da Constituição Federal 225, princípios da precaução, da previsibilidade e do equilíbrio.

 


O que achou do EIA/RIMA apresentado?

Apesar do avanço, Não foram constatados no EIA RIMA, placas de sinalização de comunicação visual de precaução de animais na Rodovia na proximidade do empreendimento, estradas de acesso e dentro do Condomínio, além de estudos de programas de proteção afins (telas?) de um lado da pista da Raposo e ou túneis de passagens de animais no projeto para evitar possíveis acidentes. Foram várias as solicitações da sociedade ao EIA/RIMA durante a última Audiência Pública, sendo uma delas o levantamento histórico que não levou em conta o Patrimônio da Cultural Caipira da região, Programas de Acompanhamento do Crescimento da população que o empreendimento trará na região, Não houve envolvimento do IPHAN (Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ) e outros apontados pela sociedade, que precisam ser considerados. Há preocupação com o plano Diretor de Itapevi, que não é aprovado podendo comprometer o reivindicado à ambos os municípios, em relação ao tamanho dos lotes, pois Itapevi é responsável por 58% do empreendimento.

Avançou no sentido da aproximação das realidades locais, procurou atender os diferentes aspectos de envolvimento com a região e respeito às reivindicações da sociedade, uma postura que deveria ser aplicada aos vários empreendimentos à elaboração de EIA/RIMAS.

Um modelo, postura diferente a de vários empreendimentos na região, que não levaram em consideração a Região ser de 60% de mananciais e cujas licenças são obtidas junto aos Órgãos Competentes do Estado e Prefeituras sem apresentarem conforme o caso, no mínimo um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) junto aos segmentos sociedade no Conselho de Meio Ambiente das regiões e às populações de envolvimento em detrimento aos recursos naturais e a Lei de Impacto de vizinhança.

 


Agora, quais os impactos que teria na mata da Granja Carolina com a vinda do empreendimento?

A busca de um desenvolvimento ideal aos diferentes problemas que apresentam uma região, são metas de gestores,empreendedores e demais profissionais, porém por melhor que seja o projeto,vai sempre esbarrar na expansão e suas conseqüências lembrando que a capacidade de suporte na Granja Viana está limite, do trânsito a falta dágua, mais lixo,mais efluentes contaminados nos mananciais, estes e os já conhecidos pelos veículos de comunicações e sem contar os impactos que ocorrerão durante as obras. Não há medidas compensatórias e mitigadoras, que venham ressarcir as necessidades destas e das futuras gerações, os impactos sempre serão irreversíveis.

 

Acredita que se aprovado o empreendimento, a mata seria preservada como prometido?

A ONG, vivenciou situações em projetos aprovados, onde áreas de recreios “ APPs” foram transformadas em lotes. Estudos de Alternativas na busca do melhor programa regionalizado de monitoramento em prol a conservação da Mata Granja Carolina com ampla discussão com as comunidades das realidades locais por envolver mais de um município e aprofundar os estudos sobre a criação de uma RPPN, são medidas interessantes e que podem ajudar na preservação.

 


O que é a SOS Manancial, há quanto tempo atua e o que defende?

Atua há dez anos, É Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei nº 9790/23/03/1999 e o que consta no processo do MJ/D.O 22/11/2000 e tem como objetivo defender a promoção de desenvolvimento de forma a garantir as necessidades das presentes e futuras gerações; o bem estar e sobrevivência da humanidade, com conservação ou preservação do ambiente e o combate a todas formas de depredação ambiental que afetem o equilíbrio ecológico;filosofia conservacionista para a sábia utilização do meio ambiente;estímulo e aplicação de estudos-técnicos científicos visando a conservação dos recursos naturais não renováveis;estímulo a criação de reservas biológicas - parques naturais e defesa de espécies ameaçadas; sensibilizar a criação e exigir o cumprimento de legislação federal,estadual e municipal específicas de caráter conservacionista; a luta pelo respeito ao nosso patrimônio histórico,arqueológico e paleontológico - recursos hídricos, saneamento ambiental das bacias e preservação das matas ciliares,biomas;qualidade de vida;saúde;segurança e outros de envolvimento em prol ao meio ambiente.

 

E por fim me fale o seu nome completo e formação.

Nome: Yara Toledo/RG 42340767
Formação Pedagoga/ Atua como ambientalista representando a entidade SOS Manancial do Rio Cotia/OSCIP/ há dez anos e com certificações em várias áreas ambientais.
At. Yara Toledo
www.sosmanancial.org.br; Email:sosmanancial@uol.com.br


Agradeço muito a sua colaboração.

att
Eliane
Jornal d'aqui
4702-3536/4612-3641